A mulher encontrada morta dentro de casa nesta terça (22) pode ter sido mais um caso de feminicídio. O corpo de Simone Azevedo Moacir Luiz, de 42 anos, foi achado na última terça-feira (22), em cima da cama, no bairro do Mutondo. Segundo vizinhos, ela não era vista desde sexta-feira (18) quando teve uma discussão com o companheiro que chegou a ser ouvida pelos moradores.
“A gente sabe que na sexta (18), eles discutiram muito. Teve gritaria e ouvimos tudo aqui da rua. Depois disso, ela não foi mais vista. Eles viviam um relacionamento complicado. Já tinham terminado algumas vezes e acredita-se que ele era usuário de drogas”, contaram vizinhos que preferiram não se identificar. O cadáver estava em avançado estado de decomposição.
“Eu sei que depois de sexta não vimos mais ela e o pessoal da rua começou a estranhar. Parece que a família também mandou mensagens pra ela e não respondia. Começaram a desconfiar. Parece que o suspeito matou durante uma briga e colocou o corpo dela envolvido em um lençol, para disfarçar o cheiro. Por isso, demorou para ser encontrado. Sempre foi uma mulher na dela, caseira, e por isso demoramos a perceber que ela não aparecia”, disseram outros vizinhos.
Simone vivia um relacionamento conturbado e, de acordo com os relatos, a suspeita é que tenha sido morta pelo próprio companheiro.
“Eles viviam um relacionamento há anos. A gente sabe que eles se agrediam quando brigavam e que eles haviam terminado há pouco tempo, porque ela se cansou dele beber e se drogar. A gente sabe que ele fez promessas para ela, disse que era da igreja e, mesmo a família dela desconfiando, eles voltaram. Ela morava sozinha na casa dos fundos com ele”, confirmou um morador.
Marido foi baleado
O ex-companheiro chegou a ir na casa nesta terça (22), mesmo com a vítima já morta, para tentar vender uma geladeira, mas, segundo moradores, ele não conseguiu e teria repassado o eletrodoméstico a um ferro-velho.
Testemunhas ainda contaram que o suspeito foi baleado após a descoberta do crime e teria dado entrada nesta terça (22) no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. Não há informações oficiais sobre ele.
O corpo da mulher foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó. A família esteve no local nesta quarta-feira (23), mas não quis se pronunciar. O caso segue em investigação pela Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), que vai buscar entender se realmente foi o ex-companheiro que a matou e por qual motivo. Ainda não há informações sobre o sepultamento da vítima.
